sábado, 12 de setembro de 2009

COMENTÁRIOS SOBRE A FALA DE WASHINGTON NOVAES

Washington Luis Rodrigues Novaes compara o aquecimento global a uma febre do planeta.A saída para frear este dano seria o investimento em ações de sustentabilidade e a manipulação de novas tecnologias com este fim.Ele sugere o investimento em fontes de energia renováveis e limpas, como a energia solar, eólica, das marés e os biocombustíveis, mas o grande problema são os altos custos.Em caso de continuidade do aquecimento global, a temperatura da Amazônia pode aumentar até 6 graus até 2070. Apesar de o Brasil ser um país privilegiado no que tange à diversidade ambiental e à quantidade de reservas de água doce, o processo de insustentabilidade, com a emissão de gases poluentes e desrepeito ao meio ambiente, pode acabar com esta riqueza. O jornalista garante que o quadro ainda pode ser revertido caso todos se empenhem e entrem em ação o mais rápido possível para salvar o planeta. A sugestão de pauta, relacionada ao contexto local, seria a realização de uma matéria junto aos órgãos ambientais para saber se já é sentido em Arcos o impacto do aquecimento global. Seria interessante buscar saber também a influência das pedreiras no clima local. Renata Cristina http://rodadadasemana.blogspot.com

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POR PRISCILA BORGES ----- Washington Novaes vem trazer uma perspectiva muito conhecida pela maioria da população, mas amplamente ignorada: o aquecimento global. Embora estejamos vivendo diante dessa consequência de inúmeros problemas ambientais, é certo que não encaramos de frente nossa responsabilidade diante do aumento da temperatura global. Para tentar conscientizar a população sobre o impacto de ações cotidianas no combate ao aquecimento, proponho que seja feita uma matéria interpretativa sobre a coleta de recicláveis em Arcos. Para tanto, um especialista deveria ser consultado para demonstrar que uma quantidade menor de lixo nos aterros tem relação direta com o combate a este problema. Basta enxergar, por exemplo, que a reciclagem de papel diminui a quantidade de árvores cortadas. Com mais árvores no planeta, o aquecimento começa a ser combatido.

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POR LÍGIA VILELA -




Agora, precisamos nos aquecer para o trabalho




Saúde, segundo o Dicionário Aurélio, é o “estado do que é são, está normal. / Estado habitual de equilíbrio do organismo. / Força, vigor, robustez”. Quando o jornalista Washington Novaes diz que o Planeta entra hoje numa espécie de febre, ele alerta para a saúde ameaçada do mesmo. Seja pela produção, consumo desenfreados e mal usos dos recursos naturais... não importa. É preciso por um freio no aquecimento global. A receita do antitérmico parece simples: umas gotinhas de conscientização e uma injeção de ação em cada cidadão, em todos os cantos do mundo.


Em Arcos é possível notar as variações desordenadas do clima. Tempo muito seco; às vezes parece um deserto, em que faz muito calor durante o dia e à noite faz frio. Não podemos dizer que o aquecimento do Planeta não nos atinge aqui. E o que podemos fazer?


Minha sugestão de pauta: como o aquecimento global influencia no desenvolvimento da agricultura e pecuária na região. Será que já é possível perceber os impactos nessas atividades?







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POR Cheyane Costa
Em "A sobrevivência humana ameaçada", Washington Novaes nos alerta para a atual situação de risco que o palneta encontra-se. Ele nos adverte o quanto é preciso rever conceitos e mudar atitudes para que ainda exista alguma solução viável para o problema do meio ambiente.
O mundo vai aos poucos sentindo os efeitos negativos que a própria ação humana provocou.
O Brasil já começou a sentir os impactos. Ainda pode ser feito muita coisa, adotando novas tecnologias, aprimorando valores, fazendo um trabalho de conscientização. O que não se pode, é ficar parado.
O adiamento de uma postura correta diante da "crise" que vive o ecossistema, pode custar muito caro para todos.

























POR PAULA MELO >>>>>>>>>O texto de Washington Novaes fala sobre questões ambientais colocando-as como uma possível tragédia, já que ele afirma que futuramente os recursos naturais poderão se esgotar, prejudicando as próximas gerações. Por mais que para alguns o autor possa ter exagerado na dramaticidade das palavras, acredito que só assim as pessoas compreenderão a gravidade do problema e adotem uma postura diferente na tentativa de tentar reverter a situação. Sugestão de pauta: Captação da água da chuva para uso doméstico em um bairro de Formiga.

POR FLÁVIA RAMOS
Washinton Luiz Rodrigues Novaes
, durante uma palestra com o tema “Os limites da sustentabilidade no mundo atual”, ministrada, em 16 de abril de 2009, no Conselho de Economia, Sociologia e Política da Federação do Comércio, Sesc e Senac de São Paulo, aponta a sustentabilidade e as novas tecnologias sustentáveis para minimizar os danos já causados no planeta. Infelizmente, a situação já é assustadora. De acordo com Washinton Novaes, a temperatura na Terra tem de ser controlada. Os desastres naturais são consequências da desregulagem dos termômetros. O pesquisador também aponta as fontes de energia renováveis e limpas, como a energia solar, a eólica, a das marés e os biocombustíveis como possibilidades de sustentabilidade no planeta.

Levando em conta as explanações de Washinton Novaes, poderia ser desenvolvida uma matéria sobre uma das fontes de energia renováveis já citadas: a energia solar. Em Formiga, o vereador Eugênio Vilela propôs um projeto que regulamentaria as novas construções residenciais na cidade. Todas as novas casas que possuam mais de um banheiro ou piscina aquecida teriam de ter, obrigatoriamente, um sistema de captação de energia solar. O projeto está em tramitação na Câmara de Formiga. Poderia ser elaborada uma matéria para mostrar os pontos positivos e os negativos da instalação do sistema, além de mostrar o custo do aquecedor solar, o custo da aquisição do equipamento, entre outros.
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por Renata Kascher

o texto a sobrevivência humana ameaçada escrito por Washington Luiz Rodrigues Novaes bacharel em direito pela Universidade de São Paulo e jornalista há 52 anos, trata da questão da sustentabilidade e questões climáticas. Muitos dados são alarmantes como:"a cada ano cresce o número de vítimas dos desastres naturais. O último balanço referente a 2008 mostra que 200 milhões de pessoas no mundo foram atingidas por eles. O prejuízo causado por esses acidentes, calculado por um conglomerado de empresas da área de seguros, principalmente a Munich Health, chegou a US$ 200 bilhões em 2008. E o Brasil já é o décimo primeiro país em número de vítimas. Tivemos furacão em Santa Catarina, tornados, inundações e outros eventos extremos. As emissões totais no mundo hoje estão acima de 25 bilhões de toneladas anuais em equivalente de carbono". A conscientização deve ser constante para cada vez mais as pessoas se preocuparem com a situação.Ele mostra também como a questão política é complicada, um jogo de interesses com o caso do ministro do meio ambiente que lutou a vida inteira contra a energia nuclear e se elegeu deputado com base nisso, teve como primeiro ato como titular da pasta o licenciamento de uma usina nuclear. Mas não podemos negar que muitos recursos tecnológicos já estão sendo desenvolvidos. Saem nas universidades muitos projetos para proteção ambiental. Pauta: FAZER UMA PESQUISA JUNTO A FACULDADE DE MEIO AMBIENTE DE IGUATAMA, SOBRE SEUS PROJETOS PARA PROTEÇÃO AMBIENTAL DA REGIÃO.


PoR --- Fúlvio Stéfany
Nota-se na entrevista com Washington Novaes, disponível no Portal do Meio Ambiente, a importância da preservação do meio ambiente e a realidade do "verde" no Brasil e no mundo. O texto "A sobrevivência humana ameaçada" cita diversas pesquisas que foram feitas durante os últimos anos que nos revelam reais estatísticas de que o homem precisa "acordar" para salvar o meio ambiente. A busca de novas tecnologias que possam colaborar para a diminuição do aquecimento global, é o ponto alvo para que se possa em um futuro breve, ajudar de maneira efetiva na preservação da fauna. Sugestão de pauta: O uso dos aquecedores solares em Piumhi. Preço/Economia/Vendas.]

por MARIELLY MARTINS

Em "A sobrevivência humana ameaçada", Washington Novaes fala coisas muito importantes para o nosso futuro. É triste saber que poucas pessoas têm acesso a textos como esses, sendo que todas as pessoas do mundo deveriam estar por dentro desse assunto.É assustador pensar que a temperatura do planeta vai subir gradativamente, como um corpo com febre. Achei esse exemplo muito bom, já que exlica pras pessoas leigas, como funciona esse processo de aquecimento. Como elediz, algumas pessoas negam essa possibilidade, mas é notável que o clima está cada vez mais estranho. Podemos até pensar que estamos longe dessa realidade, mas o Brasil é vítima de catástrofes causados pela mudança climática. As mortes em Santa Catarina no final do ano passado é um exemplo.As novas tecnologias são soluções para o problema, mas são métodos caros, que não são acessíveias a algumas pessoas. Todos os países deveriam tomar atitudes mais fortes, que dessem resultados. Mas as pessoas não se preocupam assim.Tudo isso me assusta, mas o que chama mais minha atenção é a questão da água. Não enfrento esse problema, mas sei que pessoas no meu país passam sede e morrem por doenças trazidas pelas águas poluídas. Minha cidade foi vítima de alagamento no final do ano passado. O Rio Formiga transbordou e muitas pessoas perdeam o que tinham. O assoreamento do rio foi um dos motivos. Por isso acho importante fazer uma matéria sobre a retirada ilegal de areia dos rios da minha cidade, já que isso modifica o percursso das águas, causa assoreamento, erosão e traz muitos prejuízos para a sociedade.

"A sobrevivência humana ameaçada"


A atividade de hoje baseia-se no texto: "A sobrevivência humana ameaçada" - Entrevista com Washington Novaes, disponível no Portal do Meio Ambiente (não consegui colocar o link aqui).

Leiam, reflitam, mandem um comentário a respeito do mesmo e uma sugestão de pauta, a ser realizada, relacionando algum tópico ao contexto local.

OPINIÕES SOBRE O FILME: A MONTANHA DOS 7 ABUTRES









Vale-tudo da audiência

Ana Maria Teles


Já dizia o nosso saudoso Chacrinha “nada se cria, tudo se copia”. Esta é uma das frases mais verdadeiras que já encontrei e, em se tratando do setor midiático, a comprovação é ainda mais enfática. Basta parar por algumas horas em frente a TV, por exemplo, e observar o quanto de conteúdo igual iremos ver.

Diante da imensa oferta e da semelhança, tem início a briga pela audiência. Os veículos de comunicação travam uma verdadeira batalha para prender, por mais tempo, a atenção do telespectador e assegurar-se de que o conteúdo que apresenta, renderá pontinhos no Ibope.

Cada um luta com as “armas” que tem e fazem suas apostas no gênero jornalístico, estilo de novelas, estabelece que perfil de público vai atingir. Um tipo de programa que surgiu nos anos 90 e vem crescendo desde então, são os programas sensacionalistas, classificado por muitos, como um sensacionalismo barato e apelativo.

A emoção é o ponto chave. Apelar para os sentimentos, trazer o telespectador para o mais próximo da história possível. Contar todos os detalhes, cobertura em tempo real, lágrimas, sofrimento, dor, desconfiança. “Saiba quem é o pai de fulano!” “Veja se o marido está mentindo”. “Saiba tudo o que aconteceu neste caso”, são alguns dos chamados utilizados.

Maquiavel já dizia que os fins justificam os meios. Não é bem assim. Não vale tudo para conquistar a audiência. Não se pode transformar em circo uma tragédia familiar. A notícia não pode virar espetáculo e a vida real é muito mais dura de se encarar. Acompanhar um seqüestro durante dias, não acrescentará nada à vida de ninguém. Pelo contrário vai expor ainda mais a família e os envolvidos.

A informação é para servir ao público. Acrescentar conhecimento, possibilitar novas visões e não, deixar as pessoas aterrorizadas e mais pessimistas do que já são. A vida não é um circo e, muito menos, uma tragédia deve passar por essa transformação. A responsabilidade de um jornalista é muito maior do que simplesmente retransmitir algo. É apurar todos os dados, contribuir para o que for necessário, se isentar de opiniões, exercendo sua profissão com credibilidade e dignidade.

A sociedade confia que recebe informações verdadeiras e não histórias construídas e arquitetadas no vale-tudo da audiência.


Mais do mesmo

Priscila Borges

8º período de Jornalismo


Que o cinismo e a ambição humana estão presentes na maioria das redações dos grandes jornais não é segredo pra ninguém que conheça um pouco dos bastidores do jornalismo. Mas que estes defeitos possam manipular tanto as notícias, talvez seja. É este o viés do clássico A montanha dos Sete Abutres, de 1950, dirigido por Billy Wilder.


Os quase 60 anos que separam o filme de nossa época parecem aproximá-lo da realidade atual em vez de afastá-lo. No enredo, Charles Tatum (interpretado pelo ainda charmoso Kirk Douglas) é um repórter que depois de perder diversos empregos em jornais grandes decide tentar a sorte em um jornal interiorano. Seus planos são conseguir um furo de reportagem no local e voltar à grande imprensa.


Porém, Tatum fica no jornal durante um ano sem que apareça a notícia que irá tirá-lo do ostracismo. Até que o soterramento de Leo Minosa em uma caverna suportamente amaldiçoada se transforma na pauta da vez. A ambição de Tatum o leva a prolongar o soterramento, o que termina com a morte de Leo. Além disso, ele corrompe a esposa de Minosa e o xerife, oferecendo “benefícios” que a cobertura do fato pode proporcionar: glamour, poder e dinheiro.


Fica evidente que a situação, infelizmente, não mudou nada ou até piorou. Casos como o da morte da jovem Eloá, que demorou dias para ser resgatada ou a cobertura da morte de Isabela Nardoni evidenciam o quanto alguns profissionais da grande imprensa deixam de lado a criticidade em nome da autopromoção. Em ambos os casos, era evidente que a agilidade da polícia poderia ter sido peça-chave para que a situação fosse resolvida. Mas qual jornalista ousaria desafiar o correr do tempo e deixar de ter, dia após dia, uma novidade (muitas vezes até fútil), a respeito do caso?


A mercadoria-notícia, já denunciada por Guy Debord em 1960, parece ser o produto de venda mais fácil e volátil da sociedade moderna. Para ampliar a discussão , mesmo diante do vazio dos fatos, jornalistas não se cansam de manipular situações, comprar fontes, inventar boatos. A impressão que fica é que a grande mídia (com seus incontáveis jornais, TV´s, revistas, sites) é um grande monstro que nunca fica de barriga cheia. E que se alimenta, principalmente, de sangue e de lágrimas.


Diante da avalanche de informação, que deixa a maioria das pessoas perdidas e cada vez mais desinformadas, em um paradoxo aparentemente inexplicável, como agir? Certo é que não há necessidade alguma de tantas notícias tão vazias e tão pobres em aprofundamento do que realmente interessa: a busca da justiça e de soluções dentro da sociedade.


Não se trata de derrubar por terra a pluralidade de fontes, de mídias ou de notícias. Trata-se de enxergar finalmente que essa pluralidade não existe. Mesmo diante de tantos recursos tecnológicos e de tantas possibilidades de ampliação de públicos, a grande mídia continua produzindo produtos iguais e fracos, que não acrescentam nada além do seu próprio vazio ao espaço público.

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A montanha dos sete abutres: uma cobertura mais que sensacionalista


Marielly Silva Martins



O filme “A montanha dos sete abutres” representa muito bem o que o jornalismo pode fazer com a vida das pessoas. Assim como pode ajudar a solucionar problemas, pode piorar a situação, como no caso de Tatum.

Quando Tatum vai trabalhar no jornal de Albuquerque, que é uma cidade pequena, percebe-se como ele está infeliz, já que foi jornalista nos maiores veículos de comunicação de Nova York. A maioria dos jornalistas que se formam hoje em dia também procuram um lugar de destaque em um jornal reconhecido. Tatum esperava ficar ali por pouco tempo, mas não conseguiu encontrar coisa melhor.

O jornal de Albuquerque representa tudo o que aprendemos na teoria como jornalistas: “dizer sempre a verdade”. O jornal é como os meios de comunicação de cidades pequenas, que mostram sempre os acontecimentos pacatos da comunidade. A ética do dono do jornal incomodava Tatum, que se mostra uma pessoa muito ambiciosa.

Quando Tatum deixa de cobrir a corrida de serpentes para fazer a matéria que ele acha ser a oportunidade da sua vida, nota-se que ele quer mostrar que ainda é capaz de se destacar no meio jornalístico. Ele transforma uma situação simples, em que um homem está preso dentro de uma montanha, em uma catástrofe. A partir daí começam as manipulações.

Tatum faz com que todos fiquem a seu favor, passando uma imagem de herói. Diz ao pai de Leo Minosa, que está soterrado, que irá salvá-lo. Seduz a esposa do homem, prometendo-lhe melhorias de vida e lucros em seu bar. Ela queria abandonar Leo naquela situação. Tatum também consegue trazer o xerife da cidade para o seu lado. Quando o circo está armado e pessoas de todo o país estão em volta da Montanha dos sete abutres, onde Leo está soterrado e os meios de comunicação querem as notícias guardadas com Tatum, ele resolve se aproveitar mais da situação. Vendo que tudo está a seu favor e que a prolongar aquela história seria bom para sua carreira, Tatum faz com que o resgate de Leo Minosa dure mais dias. O que ele não esperava é que a vítima morreria não resistiria e seu caso não teria um final feliz.

Muitos profissionais do meio jornalístico ainda pensam e agem como Tatum. Alguns ainda, assim como ele, deixam se ser jornalistas e se tornam notícia. Vemos muitos programas de televisão que são sensacionalistas e transformam o sofrimento dos outros em espetáculo para atrair o público. Os casos “Eloáh” e “Isabella Nardoni” são exemplos recentes da repercussão que o jornalismo pode dar ao caso. Muitos homicídios são cometido todos os dias, mas apenas aquele “escolhidos” pela mídia se tornam reconhecidos nacionalmente.

O filme mostra a responsabilidade que os jornalistas carregam nas costas, qualquer deslize, pode se tornar em fatalidade. Temos vários outros exemplos. O atentado de 11 de setembro à Torres Gêmeas, teve uma repercussão tão grande, que até hoje, 8 anos depois da tragédia, temos as cenas em nossa mente, como se tivesse acontecido ontem. O jornais do mundo todo mostraram números exorbitantes de mortos, acusaram facções terroristas e os Estados Unidos passou a ser o “o melhor país do mundo”. A mídia colocou todas as pessoas do mundo revoltadas e tristes. Não que o fato não tenha sido catastrófico, mas a mídia transformou tudo em um espetáculo.

O trabalho do jornalista não é brincadeira. Por isso temos que ter sempre em mente o que aprendemos sobre ética. Não temos o direito de passar por cima dos outros para nos destacar.

Mesmo sem a obrigatoriedade do diploma de Jornalismo, temos em nossa consciência que sairemos da Universidade como profissionais responsáveis, com o dever da ética. Em um momento do filme, Tatum pergunta ao seu assistente que acaba de se formar em Jornalismo: “ É isso que você aprendeu no curso?”. Tatum não se formou, mas exercia a profissão sem ter o diploma. Depois do filme fica uma pergunta: são profissionais como ele que queremos no mundo?




O cume dos inescrupulosos



Renata Kascher


O jornalismo como uma profissão responsável por informar a população deve ser exercido de forma ética e responsável. O filme A Montanha dos Sete abutres, mostra um tipo de jornalismo de espetáculo, onde o sensacionalismo é o que prevalece. Mostra a saga de um jornalista fracassado e corrupto capaz de tudo para ter seu emprego de volta.

Tatum sai da capital desempregado e vai para o interior procurar um furo de reportágem para voltar a ativa em sua carreira. Aproveitando de uma situação dramática de um homem soterrado dentro de uma montanha. Tatum vê nessa situação a grande chance de se tornar um jornalista, para ser lembrado por muitos anos.

Seu plano é de prolongar a retirada do homem e ficar no comando da situação. Para seu plano dar certo ele teve que subornar as pessoas a sua volta. Juntam a ele seis abutres, pessoas inescupulosas e ambiciosas que querem fama, reconhecimento e dinheiro.

Tatum não contava que seu plano fosse tão longe e tomasse proporções alarmantes, pessoas foram se aglomerando na pequena cidade para ficar perto do drama. Um verdadeiro circo foi armado, pessoas começam a fazer um verdadeiro comércio ambulante no local, um verdadeiro espetaculo.

A notícia ganhou tamanha proporção que não pode ser revertida. O homem vítima de toda essa armação, com a finalidade de ser manchete contínua, não suportou e morreu.

A ambição de um ex-jornalista fracassado que usou de métodos antiéticos fazendo de tudo para estampar novamente as capas de jornais com suas matérias, levou um homem a morte. Monopolizou a notícia fazendo papel de assessor da família, para ficar perto de todas as informações, e foi o próprio repórter, transmitindo todas as notícias ao público.

Por fim o ex-jornalista tentou vender seu peixe para voltar a exercer a profissão, mas ninguém lhe deu ouvidos. Depois de levar uma tesourada da mulher da vítima que participou de todas suas armações, morreu tentando falar a todos que o pior dos sete abutres não tinha uma bela notícia e sim, que ELE era a própria notícia.

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Há alguns anos que vem sendo destacado os vínculos simbólicos do jornalismo no Cinema.E no filme de 1950, em A Montanha dos Sete Abutres,narra a história de um Jornalista(Tatum).Que no Jornal onde trabalha não consegue boas matérias.
Enviado por seu editor para fazer matérias sobre caça a cascavéis, descobre em uma pequena cidade, a notícia de um homem (Leo) que esta preso em uma mina.
Tatum teve oportunidade de transformar o caso em um grande acontecimento.
Com exclusividades das notícias, Tatum usa o problema para chamar atenção do público, pois poderia ser o furo de sua vida, e com todas notícias monopolizada por ele, tenta convencer autoridades para atrasar o resgate, manipula a esposa de Leo para que ela não o abandone.
O filme é um excelente exemplo de como o público é abordado, e e de muitas vezes a falta de ética e da veracidade na notícia dos profissionais.
Despois da morte de Leo, Tatum tenta reverter a história, mas já é tarde, e demonstra o que muitos Jornalistas buscam, o reconhecimento do seu trabalho. (CAMILA MORAIS ALMEIDA)

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A manipulação jornalística (FELIPE BORGES)





O filme lançado em 1951 traça parâmetros de uma realidade jornalística usada frequentemente por vários profissionais. O sensacionalismo retratado no filme usa a ambição e ascensão de um jornalista que até então estava com a carreira totalmente fracassada.





Atualmente, usa-se o mesmo sensacionalismo barato para agregar o maior número de pessoas para obter o maior número de audiência local e porque não dizer mundial.





A manipulação feita nos personagens dessa ‘matéria jornalística’ nos faz refletir como futuros profissionais, a questão da ética na profissão e também na queda do diploma.





Jornalistas não preparados, sem formação, estrutura e embasamento teórico são capazes de informar com a mesma qualidade e veracidade de fatos de grandes proporções ? Até que ponto podemos arriscar a vida de uma pessoa para obtermos reconhecimento social ?

Cabe a nós mantermos uma postura correta, diante destes furos jornalísticos e agir de modo que a vida não seja ameaçada pela mídia. O que pode ser uma grande reportagem pode se transformar numa tragédia.

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O contraste do passado com o presente

É notável a presença do roteiro do filme A montanha dos Sete Abutres, de 1950, dirigido por Billy Wilder nos dias atuais.
Percebe-se de maneira expressiva nos veículos de mídia, a exploração da imagem e dos acontecimentos fazendo deles um verdadeiro "espetáculo".
Onde o maior prejudicado é o cidadão que necessita de notícias e informações com conteúdo verdadeiro.
Mas, infelizmente existem veículos sensacionalistas, que para manter-se no mercado procuram maneiras de "fisgar" uma notícia para que ela ganhe espaço na mídia, sendo esta que pode ser totalmente falsa.
Exemplos de acontecimentos e fatos que viraram notícia nacional nos últimos tempos são vários.
Entre eles, o caso da menina Isabela Nardoni e o sequestro de Eloá se coincidem muito com a "mega notícia" criada em volta do personagem Leo pelo repórter Tatum do filme A montanha dos Sete Abutres.
Acontecimentos e fatos que poderiam durar apenas alguns minutos na mídia ou até horas, tornam-se uma verdadeira novela da vida real.
A exploração da imagem é o foco dos veículos que presam por uma notícia que possa parecer no início normal e comum e tende a se tranformar em uma trajédia de repercussão nacional, já que nos dias de hoje no Brasil é comum ser assaltado ou até ser sequestrado.
Por incrível que pareça, as cenas do filme que fora rodado há mais de 50 anos, se igualam muito com a realidade atual.
Cabe a nós futuros jornalistas, formadores de opinião, presar pela ética e moral para que a mesma coincidência infeliz não ocorra daqui a algumas décadas.

Por Fúlvio Stéfany

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O espetáculo vende










A imprensa é conhecida pelo seu forte poder de influenciar na formação de opinião do público. A maneira com que as informações são passadas e a definição do que é pertinente e deve ser divulgado é que tornam possível a influência dos meios de comunicação sobre o juízo que as pessoas fazem sobre determinado assunto.





O problema é que muitas vezes, as informações são divulgadas de acordo com os interesses do jornal, como forma de aumentar os lucros, e isso acaba fazendo com que o fato se torne um espetáculo. Os acontecimentos são explorados pelos meios de comunicação que precisam ser lidos, assistidos e/ou ouvidos. Vale tudo, até mesmo mostrar aquilo que não precisa ser mostrado.





E para que essa amostragem seja feita, tudo acaba se tornando válido para os jornalistas que são capazes até mesmo de “desenhar” uma notícia, fazendo com que um fato tome proporções maiores do que realmente tem. Eles se valem do lúdico para ampliar o acontecimento.





O filme “A Montanha dos 7 Abutres” ilustra muito bem tudo isso. E por ter sido filmado em 1950, mostra que essa espetacularização da mídia não é algo recente, e que a preocupação com as vendas e com os lucros sempre rondaram as redações.





Chega a ser assustador pensar que algum jornalista possa agir como Tatum, que, com a publicação de seus textos, faz a notícia “virar um circo”. Porém, é possível sim encontrarmos jornais com informações deturpadas e exageradas.





Precisamos ficar atentos para conseguirmos extrair das matérias lidas e/ou assistidas aquilo que é verdadeiro e aquilo que foi exacerbado ou até mesmo criado pela mídia que só pensa em vender, vender, vender...


(PAULA MELO)

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O espetáculo nosso de cada dia (FLÁVIA RAMOS)





“A montanha dos sete abutres”. Filme produzido em 1950. Aparentemente parece ser uma produção antiga e sem semelhanças com a nossa atualidade. No entanto, a história mostrada no longa-metragem se repete. E não só nos cinemas. Vivemos, diariamente, cenas de espetacularização de notícias como as que são mostradas no filme.





A espetacularização dos fatos nos acompanha dia a dia. Desde os casos mais divulgados aos mais sutis. Entre os mais notados, podemos citar o sequestro com final trágico da jovem Eloá Cristina Pimentel, em outubro de 2008. Refém do próprio namorado, Eloá Pimentel teve a vida e os últimos momentos expostos em rede nacional.





Quem também não escapou das lentes das câmeras foi João Hélio Fernandes Vieites, 7 anos. Após assaltarem o carro da mãe da criança, Rosa Cristina Fernandes Vieites, João Helio foi preso ao cinto de segurança pelo lado de fora do carro e arrastado por vários quilômetros. O crime ocorreu em fevereiro de 2007.





A lista dos espetáculos mais sutis também é extensa. Desde a inserção desnecessária de “conhecidos” das fontes reais até a cenas que não precisariam ser exibidas, geralmente com a combinação “sangue + violência”. Estamos tão acostumados que, às vezes, se não assistirmos com olhar crítico, não percebemos quando a espetacularização ocorre.





Fizemos parte do “circo” tão bem exposto na ficção e que teve a montagem do personagem Charles Tatum (Kirk Douglas), em “A montanha dos 7 abutres”. Cabe a nós ter a ética como a principal aliada e, pelo menos, diminuir as atrações do show de horrores transmitidos em cadeia nacional.





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Filme: A montanha dos sete abutres (CHEYANE COSTA)






"A montanha dos sete abutres" de Billy Wilder, é um filme sarcástico que foi produzido há mais de 55 anos. É estranho pensar que o filme foi feito há tanto tempo, levando em conta que ele se encaixa perfeitamente no cenário atual.

O sensacionalismo faz parte do jornalismo mundial e principalmente do brasileiro. No filme, o jornalista Charles Tatum, alucinado por um furo, aproveita-se de uma simples história para criar um grande alarde e um verdadeiro "circo".
Muito se vê esse tipo de situação no Brasil. O caso Isabella por exemplo foi tratado com extremo sensacionalismo pela imprensa brasileira. Especulações, cobertura constante, detalhes inúteis, fizeram parte do caso, que ainda hoje é lembrado por toda a população.

Outro caso de muita repercussão foi o sequestro da menina Eloá, que acabou morta pelo sequestrador. É triste analisar, mas parecia que a imprensa torcia para que o sequestro durasse o máximo possível. Quanto mais tempo, mais pauta, mais notícias, mais manchetes, mais sensacionalismo.

Muitas vezes os jornalistas (como Tatum no filme) fazem de uma pequena notícia (que as vezes nem possui tanta relevância), um grande alvoroço. Mas muitos fatores são determinantes para que isso aconteça. A ética do jornalista, a linha editorial do veículo que se trabalha, são algumas, entre tantas coisas, que podem ou não levar ao sensacionalismo.





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Espetacularizar: não importa a que preço





Lígia Vilela





O filme A montanha dos sete abutres, dirigido por Billy Wilder e lançado em 1951, trata de um tema contemporâneo: a busca da audiência a todo preço por parte de jornalistas e veículos de comunicação. Apesar de ser uma ficção, o filme aborda um tema pertinente à vida real, que é a relação de poder estabelecida entre a mídia e a sociedade. Sem a pretensão de oferecer uma reflexão completa sobre o filme, destaco a atuação do repórter Charles Tatum, interpretado por Kirk Douglas, em relação à “cobertura” do fato desencadeado pelo desmoronamento de partes do túnel da motanha sobre um morador da região.





A relação da mídia com a opinião pública é evidenciada no decorrer do filme, numa atuação que se dá praticamente entre o repórter, a mulher do acidentado, o engenheiro que atuava no resgate e o xerife. A esposa, que estava pronta para abandonar o marido, é persuadida pelo jornalista a ficar. Ela é então retratada pelo jornal de Tatum e depois pelos outros veículos como a nobre mulher, que ama e se preocupa com o marido. O xerife e o engenheiro, que chegam ao local com suas maneiras de trabalhar, acabam sedendo espaço para a atuação à maneira do jornalista, que, em troca, garante a promoção dos personagens na mídia.





O filme mostra dois pontos de interferência da mídia na construção do “real”. O repórter que tinha contato direto com o acidentado, interfere na construção dos fatos e da própria notícia, condicionando as falas e atitudes também da esposa, do xerife e do engenheiro. As demais emissoras, que não tinham acesso às informações dos principais envolvidos, usavam de depoimentos de pessoas que não tinham nenhuma ligação direta com o fato para buscar audiência.





Pode-se com isso perceber a ausência de uma conduta ética e moral por parte de todas as redes que veiculavam o assunto. O repórter Tatum age sem ética ao influenciar as ações e as falas dos envolvidos. As demais emissoras tiveram uma conduta tão antiética quanto ao dar voz a pessoas que não eram fontes confiáveis, só para garantir sua reportagem/cobertura veiculada. O que se vê é uma busca pelo espetáculo, pela audiência, sem a preocupação ética sobre os efeitos que essa comunicação deturpada provocará na sociedade e sem a preocupação moral sobre os danos que essa exposição pública e mentirosa poderia trazer.





O que se vê no filme vai além da espetacularização da notícia, que por si só já daria uma boa discussão sobre os padrões éticos empregados. É uma manipulação dos fatos, dos relatos e do que é reportado à população. A comunicação se dá de maneira insensata, torta e mentirosa, num processo que visa, não o bem comum ou o “tornar comum”, mas apenas o “vender mais”, não importando que se venda mentira.





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Quão perto está a verdade? Por Miguel Antunes



A história do filme apresenta uma visão clara da Teoria X Prática. Chuck Tatum é o profissional prático e fracassado, que passou por diversos jornais do alto escalão, ele é aquele que procura somente os atalhos na profissão. Já o seu chefe atual no pequeno jornal, é um profissonal com a base teórica e bastante ético, onde dizer a verdade e uma série de outros valores é um lema estampado em sua redação. Que Tatum pôde ver e entender somente perto do seu fim trágico por causa de sua ambição.
O jornalista Tatum é um manipulador, isto fica evidente em cada cena do filme e também quando seu chefe manda-lhe cobrir a Corrida de Cobras Cascavéis. E ele diz absurdos de como deveria ser feita a matéria, tudo para chamar a atenção do público e elevar a sua audiência.

Além de manipulador Chuck Tatum é corrupto, o enredo principal do filme, o soterramento de Leo Minosa, Chuck corrompe o Xerife, a esposa de Leo Minosa e os operários que fazem o resgate. Por troca de benefícios a eles, como por exemplo a ajudar o Xerife a se reelejer. Isto faz qualquer um pensar sobre os jornalistas até mesmo nos tempos de hoje, o quanto pode ter de verdade nos fatos?


Um grande falsário, o jornalista Tatum passa-se por Herói porém com um fim trágico. O filme é de 50 anos atrás em que a história não deixa de se repetir. O sensacionalismo está presente na TV brasileira e não parece que vai deixá-la tão cedo. Caso como o sequestro da garota Eloá é um grande exemplo clássico para não sitar outos. Nós jornalistas temos grande responsabilidade na profissão, a mesma de um médico em uma sala de cirurgia e nunca devemos nos esquecer da ÉTICA.






quinta-feira, 10 de setembro de 2009

APESAR DE FALAREM MAIS QUE PAPAGAIOS...

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

(Opinião) A DIFERENÇA QUE SOMA (Opinião)



Cheyane Costa

8º período de Jornalismo


Centro-Oeste de Minas Gerais. Arcos, Lagoa da Prata, Formiga, Piumhi, Doresópolis, Iguatama, Pains. É desses lugares que vem diversas idéias, sotaques, estilos, gostos e muito mais. Todos tão diferentes, tão únicos e com uma coisa em comum. A luta diária para conseguir chegar até onde chegaram e concluir mais esta etapa.

Era 08 de fevereiro de 2006. Ali nasceu o primeiro período de comunicação social. Todos foram chegando, ocupando seus lugares, conversando com quem estava próximo. Aula de Sociologia com o professor Catatau, um dos homens com mais personalidade que já passou pela faculdade. Veio de família pobre, sofreu, lutou e venceu. É doutor, é cultura, é inteligência, transparência e honestidade. Aquele foi o pontapé inicial, para os quatro anos que seguiriam. Hoje não se fala mais dele, mas fica na memória a lembrança daquela primeira aula.

Aos poucos os alunos foram se conhecendo, se enturmando, se desentendendo, fazendo as famosas "panelinhas". Tão diferentes e por causa dessas diferenças nasceram tantas afinidades. Afinal, os opostos também se atraem. Quem gosta de ir pro barzinho fica amigo, quem gosta de escrever, ler e debater fica amigo também, quem gosta de filmar e fotografar também fica amigo e quem gosta de festa fica mais amigo ainda. Mais dia, menos dia.

Tanta coisa aconteceu e tanta coisa também deixou de acontecer. As vezes eles se reuniram pouco, se abraçaram pouco, falaram poucas vezes o quanto cada um era importante pro outro. As vezes a falta de afinidade impediu que se iniciassem grandes amizades. Mas ainda dá tempo, quem sabe na reta final alguns não podem se desarmar e viver essa fase tão inesquecível, que é a faculdade. Ainda dá tempo, tem que dar!

As diferenças muitas vezes falaram mais alto, brigas aconteceram e ainda acontecem. "Por serem tão diferentes, são tão parecidos" analisa Paula Melo, uma das vozes mais altas da sala. Mas há quem fale baixo também, quem fale manso, devagar, com sotaque de interior ou de capital, quem grita e quem até berra quando é preciso. O que não acontece quase nunca é silêncio. E quando acontece, ele não dura muito tempo.

Tem quem não gosta de falar, tem quem começa a falar e não pára mais. Quem gosta de comer no Roque, outro prefere o Cabral e quem odeie a cantina. Tem o pessoal de Publicidade e o de Jornalismo. Tem quem fala na cara e quem não tem coragem de falar. Quem fala sem pensar e quem revida sem pensar menos ainda. Tem japonesa, loiro, moreno e já teve até baiano. Tem de tudo, um pouco.

Os quatro anos estão terminando e vai deixar saudade pra muita gente. Quando acabar cada um vai pensar no que podia ter sido melhor e se arrepender de algumas coisas. Não precisa se arrepender, era pra ser assim mesmo.
São todos comunicadores em excesso. E diferentes em excesso. E iguais em excesso. Passam dos limites as vezes. Ainda bem que para toda regra existe uma exceção e nesse caso o excesso não faz mal. Ele dá a liberdade para ser o que é, para ser diferente, para ser o que você quiser, na hora que quiser. A diversidade nem sempre é ruim, muitas vezes ela só acrescenta. E nesse caso, ela só adicionou.

Câmara de Formiga imita o Senado

POR ANA MARIA TELES

Na política diferem-se os protagonistas, mas as situações são sempre parecidas. Discussões em plenário, denúncias arquivadas, casos que terminam em ‘pizza’ e até momentos engraçados estão se repetindo. A diversidade de origens e formas com que cada um chegou ao cargo não importa. Em Formiga, a Câmara está imitando o Senado.

Nas eleições de 2008, dez pessoas foram escolhidas pelo eleitorado formiguense para representar os interesses do povo na Câmara e optaram por manter o prefeito Aluísio Veloso. Com a chegada de 2009, no dia 1º de janeiro, posse dos eleitos, primeira reunião ordinária da nova formação dos vereadores e a escolha da mesa diretora, que já havia sido articulada.

A votação nas urnas surpreendeu grande parte da população. Somente cinco vereadores foram reeleitos e Rosimeire Mendonça/PMDB (Meirinha), vereadora eleita para o segundo mandato, obteve o maior número de votos, fato que foi motivo de comentários e surpresa. Meirinha é novamente a única representante feminina no Legislativo formiguense. Possui a característica de trabalhar principalmente em prol das comunidades rurais.

Moacir Ribeiro/PMDB foi o segundo mais votado, e se tornou vereador com o sétimo mandato seguido. È conhecido por ajudar a todos os que lhe procuram, seja para consultas médicas, exames, empregos ou alguma outra dificuldade. Completando a bancada do PMDB, está o iniciante no cargo, Mauro César Alves de Sousa, que também obteve expressiva votação, é o único negro desta legislatura e possui muitas influências no meio devido aos trabalhos que executou como assessor parlamentar de outros políticos.

Gonçalo Faria/PSB também foi reeleito e possui grande reconhecimento no setor de Saúde e comunidades rurais. Edmar Ferreira/PT terminou 2008 afastado de suas funções, já que havia trocado de partido e perdeu o cargo, mas novamente, está entre os dez representantes municipais. José Geraldo da Cunha/PMN (Cabo Cunha) mais uma vez foi eleito e, agora é parte integrante da mesa diretora.

Reginaldo dos Santos/PC do B, apesar de ter concorrido pela primeira vez como vereador, conquistou a confiança dos colegas e se tornou o presidente da Casa. Cid Correa, também iniciante, completa a mesa. Eugênio Vilela/PV é o representante da comunidade acadêmica e chegou com ideias modernas projetos voltados para o meio ambiente.

José Edmar Furtado/DEM (Mazinho) foi eleito pela primeira vez e, sem dúvidas, suas últimas ações nas reuniões ordinárias estão dando o que falar. O vereador está arrancando risadas e comentários do público, de seus colegas e do Executivo. Após levar uma toalha de banho e colocá-la sobre sua bancada, na reunião do dia 21 de agosto, o vereador disse que a Prefeitura precisa ‘enxugar’ suas contas, pois está com gastos considerados por ele, elevados. O comentário foi rebatido pelo colega de mandato, Gonçalo Faria, que afirmou então, ser necessário um caminhão de toalhas para enxugar o suor dos funcionários e da Administração, que estão trabalhando, e muito, por Formiga.

No dia 28, Mazinho voltou a ironizar e levou um cabide para reunião. Segundo ele, a referência seria ao quadro de pessoal, também da Prefeitura, que teria transformado o local, em um grande ‘cabide’ de empregos. Por fim, no último dia 31, o vereador imitou o senador Eduardo Suplicy e apresentou cartão vermelho ao secretário municipal de Recursos Humanos, Sudário Macedo; amarelo à secretária de Cultura, Maria Andrada, e ameaçou dar cartão vermelho ao secretário de Obras, Rodrigo Bahia. Mazinho disse que o ato foi em resposta a Sudário, que o havia desafiado a apontar quem deveria ser demitido da Prefeitura em razão de sua campanha para ‘enxugar’ a máquina administrativa. A advertência a Maria Andrada é para que ela realize mais eventos culturais na cidade e Rodrigo Bahia deve ficar atento ao tratamento que dispensa à população para que não leve o cartão vermelho.

OPINIÃOPINIÃOPINIÃOPINIÃOPINIÃOPINIÃOPINIÃOPINIÃOPINIÃOPINIÃOPINIÃOPINIÃOPINIÃOPINIÃOPINIÃO



POR FELIPE BORGES

Diversidade Cultural

Quando falamos em diversidade cultural podemos englobar vários aspectos como a sexualidade, etnias, comportamentos, grupos sociais, religiões e várias outros.

Como o próprio nome sugere, a diversidade está relacionada com vários e diversos núcleos sociais ao redor do mundo e sobre as diferenças culturais existentes.

É nela que se formam as identidades coletivas e movimentos sociais que buscam lutar por direitos iguais e melhorias de vida social. Umas destas identidades podem ser analisadas nas festas regionais das cidades como Piumhi, Formiga e Arcos.

Segundo os organizadores de festas tradicionais destas cidades, os eventos são uma ótima oportunidade para a integração de pessoas de diferentes culturas e posturas se relacionaram com algo em comum.

A Festa do Trabalhador, a Expô Arcos, a Skol Beats (Arcos), o Baile do Cowboy, a Festa do Hawaí, e a Expo Piunhí (Piunhí), o Carro de Boi, o Congado e a Expo Formiga (Formiga), são exemplos de festas tradicionais que agitam a região.

O crescimento do mercado de eventos fez com que mineiros investissem cada vez mais em organização, segurança, mídia e inovações com o intuito de produzir comemorações que proporcionem ao publico a possibilidade de conhecer e aprender sobre novas formas de se comunicar e viver tornando uma simples diversão em oportunidades de crescimento profissional, pessoal e principalmente cultural.


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AS INFLUÊNCIAS CULTURAIS TV BRASILEIRA

Renata Kascher - 8º Período de Jornalismo



O Brasil de inúmeras etnias é enriquecido por diversas culturas, cada região brasileira carrega suas particularidades. Podemos encontrar muitas coisas boas e proveitosas culturalmente na televisão assim como também são encontradas coisas ruins consideradas fúteis e grotescas. Muitos programas são apelativos e desnecessários, mas nem por isso podemos acreditar que a TV padroniza a cultura. Cada estado apresenta suas músicas, culinária, estilos, programas infantis educativos, telejornais locais atividades culturais próprias de suas raízes.

As emissoras de televisão regional no Brasil apresentam programações diversificadas. Cada região sofre influência da cultura local, do Amazonas ao Rio Grande do Sul podemos encontrar programações próprias que atraem o público específico de cada município.

Cada estado possui tradição e costumes, o sotaque pode ser percebido claramente e tem grande importância. As pessoas se orgulham das características que comprovam a regionalidade. No Rio Grande do Sul para uma programação fazer sucesso os protagonistas tem que ter o sotaquezinho gaúcho.

As preferências e gostos variam de acordo com os hábitos de cada localidade alguns exemplos podem ser citados: no Centro-Oeste Mineiro onde se encontra forte presença do agronegócio os programas rurais têm grande espaço. No Rio Grande do Sul os programas com dicas gastronômicas e revelações da música gaúcha são bastante prestigiados, no Ceará programas voltados a indústria musical do município tem prioridade. Na Bahia os telejornais sensacionalistas estão sempre em alta. Em Minas gerais os programas esportivos com caráter de mesa-redonda futebolística dão grande ibope.

A Rede Globo exibida nacionalmente muitas vezes perde na audiência para as programações de redes locais, que cada vez mais estão se impondo e ganhando espaço. Os noticiários de redes locais trazem temas próximos ao telespectador. Na cidade de São Paulo as sedes da Record, SBT e Rede TV investem fundo na cobertura local, a Globo tem suas piores audiências no estado.

No chamado horário Nobre a maioria da audiência é voltada às produções das grandes redes nacionais devido a uma maior quantidade de pessoas diante da TV. É no horário nobre que a maioria das pessoas estão em suas casas e podem com tranqüilidade descansar assistindo as notícias do país e do mundo.

Os programas televisivos regionais estão contando cada vez mais com uma arma poderosa, a internet. Eles estão ganhando visibilidade ao postar seu conteúdo nos sites de interação como o YouTube.

Além das influências culturais das regiões brasileiras a televisão é um veículo que mostra muitas influências estrangeiras. Muitos programas são cópias de programas existentes em outros países. Como, por exemplo, o reality show Big Brother Brasil ou mesmo o programa do Jô. O que podemos também perceber é a grande predominância das culturas estrangeiras nas novelas de emissoras nacionais. Alguns exemplos são as novelas Caminho das Índias, Negócio da China, Terra Nostra, O clone etc.

Este país híbrido de muitas belezas e riquezas culturais, apresenta uma nação diversificada. Os meios de comunicação são veículos onde podemos perceber os diferentes costumes e tradições de um só povo, de várias origens de muitas identidades mas que se unem em um só Brasil.

Diversidade musical: a união dos ritmos

POR Paula Melo; Marielly Martins & Renata Cristina
8º período - Jornalismo

Já se foi a época em que era possível identificar logo de cara, ao se ouvir uma música, qual o ritmo trazido por ela.
Músicas ‘puras’ se tornaram raridade atualmente, onde influências diversas, recursos de produção e remixagem acabam por construir uma canção.
Da mesma forma que os estilos musicais podem ser sobrepostos, gerando um novo ritmo, é fácil confundir aqueles que são parecidos.
Os leigos terão sérias dificuldades em diferenciar o chorinho do samba de raiz, ou a música sertaneja da música caipira.

Gostos
As misturas democratizaram o gosto por música. Os estilos parecidos aumentaram as opções dos ouvintes.
É comum acontecer de uma pessoa que gosta de determinado ritmo, descobrir semelhanças com outros e por fim tornar-se o que chamam de ‘ecléticos’ – pessoas que não tem preferência por um estilo musical específico.
O estudante Patrick Sousa, de 25 anos, canta em bares e admite transitar por diversos estilos, não só para agradar o público, mas por ter gostos variados. “Toco desde os clássicos da Bossa Nova, até o Rock’n Roll internacional”. Ele afirma que os ouvintes de sua música também apreciam diversos estilos, o que facilita para que o cantor agrade à platéia: “Não há quem não goste de músicas consagradas, conhecidas... Basta apostar nelas, que o sucesso é garantido”.
Tomaz Pontara é guitarrista da banda piumhiense Chickabee. Ele diz que a música produzida por ele e seus companheiros reúne diversas influências. “Reunimos estilos como punk, new metal, hardcore, etc. Temos influência de Mudvayne, Raul Seixas, System of a Down, dentre várias outras bandas”.
Vários cantores optam por diversificarem os estilos musicais em seus shows. Em um show de axé, por exemplo, é comum ouvir rock, músicas internacionais. Isso acontece por causa do público que não tem um estilo único e gosta de vários ritmos. O cantor Tomate é um dos adeptos à diversidade. Além de cantar suas músicas baianas, o artista busca chamar a atenção de todas as “tribos”, cantando músicas de outros estilos e adaptando algumas ao ritmo do axé.
A diversidade cultural não é um obstáculo para a aproximação das pessoas. Hoje em dia, essas diferenças de costumes são muito mais usadas para unir do que para excluir. Cada pessoa traz sua experiência e seu gosto para a turma, que se torna mais eclética.

Cantora piumhiense é destaque no cenário musical

Por Fúlvio Stéfany (FOTO STUDIO 10)

Lorena Pimentel é professora de canto há 4 anos e já possui vários trabalhos na área musical. Sua paixão pela música nasceu aos 8 anos de idade, tendo como um de seus ídolos Freddy Mercury, vocalista da Banda The Queen.

Com forte influência dos ritmos MPB, Pop, Rock e de cantoras como Elis Regina, Maria Rita, Celine Dion, Mariah Carey, Lorena marca cada vez mais presença no cenário musical. Tendo o apoio de seu marido e produtor musical, Wilson Claudiano, a cantora já regravou grandes sucessos, entre eles “Under Pressure” do Queen.



Lorena afirma que seu objetivo não é “estourar” com as suas músicas nas rádios do Brasil e ser uma estrela relâmpago. “Quero investir na minha carreira, produzindo um repertório de músicas de qualidade e se for para fazer sucesso, que ele venha naturalmente,” ressalta Lorena.

Em parceria com a rádio Onda Oeste e Will Studios da cidade de Piumhi, sua voz já registra muitos jingles, como na campanha presidencial Lula Presidente, que foi solicitado pela agência Pauta e pela Colormaq, empresa renomada em todo Brasil no seguimento de eletrodomésticos, entre muitos outros.

Após a gravação e execução nas rádios da música “Quero te ver”, de autoria de Adriano Ribeiro, os amigos e familiares pediram que Lorena fizesse um vídeo para participar do quadro “Garagem do Faustão”, pois de acordo com os mesmo a interpretação e voz de Lorena são de grande profissionalismo.

Depois de muito pensar, Lorena decidiu fazer o vídeo de forma bem simples, com uma câmera digital comum e cadastrou no site do Garagem do Faustão da Rede Globo e no youtube, onde em menos de uma semana teve mais de 500 acessos. “A participação da galera do Orkut e de todos os meus amigos, foi de grande importância para a divulgação do meu trabalho,” afirma Lorena.



O vídeo da cantora Lorena Pimentel pode ser acessado em: http://www.youtube.com/watch?v=xbbF0cBbrU8

E no site http://domingaodofaustao.globo.com/Domingao/Garagemdofaustao/0,,16989,00.html

sábado, 5 de setembro de 2009

Casa do rádio origina "museu"




POR FELIPE BORGES

No dia 29 de agosto a professora Aida Franco de Lima,organizou uma visita em um "pequeno museu" da cidade de Arcos. Os visitantes foram os alunos do 8° Período de Comunicação Integrada da PUC Minas Arcos, com habilitação em jornalismo pela disciplina de Edição Jornalística. O proprietário do espaço é o engenheiro operacional Enéias Antônio da Cunha, que iniciou o acervo há 08 (oito) anos no segundo andar da sua residência.

De acordo com ele a vontade de colecionar peças antigas e raras aflorou ainda na infância já que seu pai tinha algumas relíquias herdadas de sua família. A idéia inicial seria montar a “Casa do Rádio”, mas Enéias foi comprando e ganhando várias outras peças e artigos.

A cultura e a riqueza da história no local é impressionante e vasta. No espaço pode-se observar a história do Rádio no Brasil e no Mundo. Muitos deles ainda funcionam e/ou foram adaptadas pelo engenheiro. Lá também é possível apreciar uma grande coleção de ovos de pássaros, discos da década de 50, fotos e peças da 2° Grande Guerra Mundial, e artigos decorativos de 1850.

Contudo o "pequeno museu" nunca teve o apoio da Prefeitura e vive apenas pela admiração e paixão do proprietário. A visita cultural foi bem proveitosa e com certeza acrescentou bastante para os alunos aprimorarem seu conhecimento pela história.

Caleidoscópio de memórias


Em uma iniciativa quase solitária de resgatar a memória de Arcos, o aposentado Enéias Cunha junta a paixão de colecionar objetos diversos com a tentativa de recolher sua própria história e de seu lugar

Por Priscila Borges
8 período de Jornalismo


Numa casa de dois andares, uma rural na garagem denuncia a paixão do morador por objetos antigos. A casa fica na região mais antiga de Arcos, perto da Igreja Matriz, onde resistem ainda alguns casarões dos primeiros habitantes da Princesa do Calcário. Ali, à primeira vista, parece ser só mais uma casa da cidade que vê seu desenvolvimento aliado à industrialização e ao comércio. Mas não é. No sótão, uma quantidade inimaginável de objetos diversos, das mais variadas origens, conta um pouco da vida do aposentado Enéias Antônio da Cunha.

Aliás, não só da vida dele. Num esforço que dura mais de 40 anos, o técnico em telecomunicações apaixonado pelo rádio e avesso às novas tecnologias tenta resgatar um pouco da história arcoense montando o único "museu" ativo do município. “Nesta cidade, ninguém dá apoio para o passado. Uma vez, a Secretaria de Educação tentou fazer um tombamento e nem vieram aqui. Arcos não tem memória”, sentencia o colecionador, que tenta compartilhar seu acervo abrindo as portas da casa para estudantes ou alguém curioso pelas origens da cidade.

Prova do descaso com o passado está em um dos “resgates” feito por Enéias. Em um passeio, encontrou no lixo da casa de um funcionário público uma série de filmes em película sobre a história da cidade. Entre eles, um vídeo institucional de 1980 chamado “Pelas Trilhas de Arcos” que, pelo medo de que a projeção estragasse com o tempo, mandou remasterizar em DVD. Mas Enéias não gosta de assistir a cópia, que mostra o calcário de Arcos caminhando pelos trilhos do trem de ferro. Prefere assistir a projeção no escuro e fechar as janelas do sótão, encaixando cuidadosamente o filme no projetor, que também foi encontrado no lixo.

A paixão pela história da cidade onde nasceu vem de berço, literalmente. A coleção começou com o pai de Enéias, Deusdedit Leão, e se ampliou com a ajuda de diversas famílias da cidade, que doaram boa parte do acervo de objetos que remontam ao passado do município. Em uma parede, isqueiros, tinteiros, estribos e tesouras feitos artesanalmente. Ali também convivem disco de vinil que relembram o amor do colecionador pela música: de Mutantes à Ray Conniff ou de Renato e seus Blue Caps ao LP da primeira temporada do Sítio do Picapau Amarelo.

E se engana quem acha que os LP`s ficam mofados dentro das embalagens. O som parece ser um dos maiores motivadores da coleção do aposentado. Detalhes que revelam o correr do tempos: desde a vitrola de 1925 ao modernoso toca-discos laranja de 1965 ou ao inusitado rádio em formato de Kinder Ovo, lançado como brinde promocional, todos em perfeito estado de funcionamento


Miscelânea

O museu parece, aos olhos de um visitante desatento, só um amontoado de objetos diversos. Porém, lado a lado com o resgate da memória arcoense vive a paixão de guardar de tudo um pouco. Uma propaganda de 1950 da extinta loja Casas Garcia, uma das primeiras de Arcos, um recorte do jornal Correio Centro-Oeste. Fotos do pai e de outros personagens do município, como Tião Vassoura ou Tio Neca. Uma colherzinha de prata dada como lembrança pelo nascimento de uma das filhas da ex-prefeita de Arcos, Hilda Borges.

Uma pin-up que anuncia as pilhas Rayovac, em uma propaganda de 1965. Velhas revistas, almanaques de moças, gravadores antigos. Maquinas fotográficas Kapsa , rodas de fiar. Relógios antigos e uma coleção de ovos, isso mesmo, ovos. Incluindo um ovo de galinha em formato de cabaça.

Nesta miscelânea de objetos, uma pasta guarda uma preciosidade: todo o acervo do jornal A Voz de Arcos, o segundo que existiu na cidade e que durou de 1936 a 1948. As páginas amareladas do jornal editado pelo pai de Enéias , junto a todos os objetos do museu, provocam no aposentado a reflexão sobre a velocidade e o consumo de nossa época.

“Antigamente, para fazer uma matéria era complicado. Tinha que filmar, mandar até para os Estados Unidos e a gente ficava sabendo das coisas até dois meses depois. As pessoas faziam muita coisa na mão, um tecido demorava meses para ficar pronto. Hoje, a matéria entra no ar praticamente no mesmo segundo. Hoje se faz um telefone e num instante se joga fora”.

domingo, 30 de agosto de 2009

OPINIÃOPINIÃOPINIÃOPINIÃOPINIÃOPINIÃOPINIÃOPINIÃOPINIÃOPINIÃOPINIÃOPINIÃOPINIÃOPINIÃOPINIÃO

História e estórias

POR Ana Maria e Renata Kascher

Vivemos em uma época que caminha para o futuro esquecendo-se de que estes degraus na história da humanidade somente são possíveis porque temos a experiência real do passado. O presente é muito rápido e, o momento em que estamos, instantaneamente, já se torna motivo de lembrança.

A evolução da vida humana, previsões, expectativas, fatos marcantes, revolucionários fazem parte da História e são lembrados para a construção do ensinamento e da educação das novas gerações. Muitos já deixaram sua marca e outros ainda o farão, mas, não temos condições, ainda, de estar em todos os lugares ao mesmo tempo, de saber e conhecer tudo, sem falar das constantes mudanças na tecnologia, na questão tempo-espaço e outras mais.

Por isso existem pessoas que são apaixonadas por estórias e que guardam e repassam a História para aqueles que desejem saber mais ou mesmo para quem não viveu determinada parte desta História. Os livros nos transcendem no tempo, nos revelam fatos e nomes que nunca nem sonhamos. Os museus também fazem parte deste universo viajante. Com objetos, figuras e dados que são passados de geração em geração, o passado pode ficar mais próximo.

O mini-museu do Sr. Enéas Antônio da Cunha, é um destes locais, e conta com um acervo que resgata a história da cidade de Arcos. A paixão de um colecionador acabou se transformando em um ponto de encontro da História arcoense e de estórias que cercam cada objeto. Cada objeto exposto tem uma curiosidade que o cerca e nos faz lembrar, ou mesmo imaginar, uma época longínqua onde os recursos eram poucos. A ideia era apenas contar a evolução do rádio, mas, com uma doação aqui, outra ali, um objeto recuperado, mais uma estória, o museu com as mais variadas peças, foi sendo construído.

O local é particular e não recebe apoio e incentivo dos órgãos públicos para manutenção. O museu poderia ser reconhecido como patrimônio público, assim, além de atrair turistas curiosos em conhecer um pouco da história da cidade, despertaria também maior interesse dos próprios moradores. Uma ‘cara nova’, um ambiente tematizado para cada objeto ou época enriqueceria a cultura da região e o acervo do museu.

O lar do Sr. Enéas, uma casa de dois andares, onde ele dedica parte de seu espaço para que as novas gerações possam conhecer como eram as condições de vida de seus antepassados e como o homem evolui em suas criações, sempre aprimorando e pensando em maneiras de facilitar a nossa vida. O hoje chamado de mini-museu, é um grande espaço para a História e estórias de Arcos e seus cidadãos.

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Museu mantido por arcoense remonta a história da ‘Princesa do Calcário’

Aposentado arcoense Enéias da Cunha fez da própria casa um "museu" com relíquias da cidade de Arcos

POR FLÁVIA RAMOS


Nas primeiras sociedades, descritas por Pierre Lévy (1993) como “sociedades orais primárias”, não existia a escrita. Tampouco os eficientes canais de comunicação de massa que temos atualmente, responsáveis por transmitir os acontecimentos para a população. Nas sociedades orais primárias, os mais velhos eram os responsáveis por transmitir o conhecimento aos mais novos. Sendo assim, todo o edifício cultural era organizado por essas pessoas. Hoje vivemos cercados de aparatos tecnológicos e não dependemos da memória dos mais experientes para termos conhecimento.

No entanto, não é de se estranhar encontrarmos em meio a tantas tecnologias pessoas com a mesma habilidade, destreza e vontade de transmitir conhecimento, como ocorria nas “sociedade oral primária”. O aposentado arcoense Enéias Antônio da Cunha é uma delas. Ele mantém na casa dele um acervo de materiais que remontam a história da cidade de Arcos e a própria história dele.

São materiais diversos, entre discos de vinil, recortes de revistas e de jornais, propagandas e uma das maiores paixões do técnico de telecomunicações aposentado: o rádio. Ele possui uma infinidade de modelos e engana-se quem acha que servem somente de adorno. Enéias da Cunha orgulha-se ao mostrar para os visitantes o bom funcionamento dos equipamentos, muita das vezes, restaurados por ele.

Apesar de não ter nenhum apoio da Prefeitura, Enéias da Cunha mantém o “museu” em funcionamento e se orgulha de mostrar todo o material histórico. Os visitantes têm a rara oportunidade de conhecer a história do município de Arcos por meio dos objetos garimpados por Enéias. Ele também possui um vídeo institucional de 1980 – encontrado no lixo – intitulado “Pelas trilhas de Arcos” que mostra o início do desenvolvimento da cidade. A película, ainda em formato original, é mostrada em um projetor antigo, também encontrado no lixo. A paixão pela história do município é o que alimenta a coleção e a vontade de mostrar a quem interessar um pouco da história da “Princesa do Calcário”.

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Memória que não podemos esquecer

Museu doméstico conta um pouco da história de Arcos

POR Lígia Vilela

O engenheiro operacional e técnico em eletrônica aposentado, Enéas Antônio da Cunha, mantém em sua residência, em Arcos, um acervo que é uma aula de história. “Comecei esse trabalho de juntar peças antigas com meu pai, há oito anos, e a idéia era montar um museu de rádio. Mas foram surgindo outros materiais e a gente começou a juntar coisas que contam a história da cidade”, explica Enéas.

Quem chega ao salão construído no segundo piso da casa do colecionador, encontra acordeons, vitrolas, rádios, toca fitas das mais variadas épocas, marcas e versões, além de muitos discos de vinil. Telefones, relógios de parede, máquinas de costura, roda de fiar, descaroçadeira de algodão fazem parte da coleção. Podem ser encontradas também máquinas fotográficas, medidor de consumo energia elétrica, utensílios domésticos, revistas, jornais, fotografias e outras coisas que a imaginação do visitante muitas vezes não é capaz de prever. “Vi muitas coisas bacanas na coleção do Enéas, como o gramofone e as vitrolas, mas o que mais me surpreendeu foi o álbum de guerra, que fica logo na entrada da sala. São fotografias muito preciosas e que poucos dão valor”, observa Erlon Diego Zimermmane dos Santos, estudante de Publicidade.

Além das fotografias citadas pelo estudante, armas, balas e instrumentos de munição e proteção confirmam a participação de um arcoense num campo de batalha, fato que a maioria dos conterrâneos não sabe que aconteceu. “Esse álbum de fotografias e esses outros instrumentos iriam ser jogados no lixo e eu trouxe pra cá. Não podia deixar um fato desse se perder na história”, ressalta o colecionador.

A luta de Enéas para fazer da história uma parte do dia-a-dia do arcoense não é solitária. Boa parte do acervo é doação de objetos pessoais e de heranças de família, como uma chaleira de cobre e uma taça de prata, do ano de 1850. E enquanto o poder público não incentiva a preservação do patrimônio cultural na cidade, inclusive através do apoio a uma iniciativa privada, o minimuseu do Enéas continua guardando a história e se valendo da esperança e da boa vontade de sonhadores que, um dia, ali colocaram o primeiro aparelho de rádio.

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RESGATANDO A CULTURA


por Fúlvio Stéfany

O aposentado Sr. Enéas Antônio da Cunha, destaca-se no cenário cultural da cidade de Arcos, mantendo em sua casa um acervo cultural que possui desde vídeos antigos da cidade à objetos pessoais de famílias tradicionais da cidade, doados por moradores para a exposição.
O acervo conta com a exposição de radiolas antigas, fotos de moradores que fizeram a história de Arcos, objetos de prata, jornais, retroprojetores, instrumentos de trabalho, discos de vinil, filmadoras, máquinas fotográficas, entre outros objetos utilizados há mais de 150 anos atrás que encantam jovens, crianças e adultos que visitam o acervo.
O aposentado conta que falta apoio e incentivo para dar continuidade ao centro cultural e que até achou objetos que fazem parte do seu acervo no lixo "Infelizmente existem pessoas que não valorizam a história de sua cidade, jogando fora a cultura de uma população" ressalta Enéas.
A maioria dos objetos do acervo foram doados por moradores da cidade e muitos deles precisaram ser restaurados, dentre eles destaca-se um vídeo institucional de 1980 da Prefeitura Municipal de Arcos, onde mostra os avanços da cidade e a importância do calcário na economia da cidade.
Com a iniciativa do Sr. Enéias, a história de Arcos passou a ter um espaço cultural rico em detalhes, onde se pode conhecer um pouco da história e cultura de um povo e de uma cidade.

PODERIA SER A HISTÓRIA DE ARCOS...

POR RENATA CRISTINA

Poderia ser a história de Arcos, poderia ser a história do rádio, poderia ser a história dos meios de comunicação.
Tudo se encontra em um espaço, na casa de Enéas Cunha, no Centro de Arcos.
O aposentado reúne no segundo andar de sua casa um acervo de diversas peças antigas, de rádios a armas de fogo.
O mini-museu tornou-se ponto de visitação de pessoas que buscam conhecer mais sobre diversos assuntos. A peça mais antiga, uma panela de ferro, data de 1850. Há ainda fotos, recortes de jornais e revistas, dentre outros artigos diversos.
As peças que compõe o espaço são 'recordações de família' de Éneias e algumas são produto de doações.
O colecionador de antiguidades não conta com nenhum tipo de apoio financeiro e mantém o museu por conta própria. Não há cobrança de ingresso para visitação ao local. (SE DE RESSACA ESCREVE ASSIM, IMAGINEM SÓBRIA? OU É MELHOR ASSIM MESMO???)

Nossa primeira visita de campo

A idéia era, mas ainda não chegou a ser, por completo. Sábado ensolarado, uma manhã preguiçosa. A proposta era de levar a turma, 14 alunos, a uma atividade prática. Conhecer o acervo particular de um apaixonado por objetos antigos, que guarda no segundo andar de seu imóvel, uma parte da memória de Arcos. A cidade mineira, que ainda conserva caracterísitca do mineiro da roça, encravada nas minas de calcário do Noroeste do Estado. Uns gatos pingados, mas heróis. Afinal, vamos dar o crédito, não? Sempre atencioso, Enéas recebeu a turma no portão de sua casa e logo convidou a entrar no cenário que desperta uma nostalgia de quem não viveu um período quase apagado do cenário contemporâneo, na Era da Iconofagia, como dita Baitello. Vamos ao texto de Renata Cristina, que narra muito bem sobre o que falaremos adiante.
Plano de Ensino (2º semestre de 2009)
Curso: 130 - Comunicação Social
Disciplina: 26973 - EDIÇÃO JORNALÍSTICA
Período: 8 Créditos: 3 Turno: noite
Carga Horária: TEÓRICA ( 32 horas ) PRÁTICA ( 32 horas )

Ementa
O processo de edição em jornalismo impresso: produção, apuração, redação e edição. Técnicas de edição: título, legenda, copy-desk e chamadas. O papel do editor na empresa jornalística. Relações entre o editor e pauteiro, repórter-fotográfico,diagramador e repórter. Edição de boletins, house-organs, periódicos especializados impressos e on-line.

Objetivos
- Identificar as técnicas de edição jornalística

- Estabelecer relação entre a edição, redação, produção e apuração

- Categorizar as várias formas de edição em jornalismo impresso

- Descrever e discernir as técnicas de edição: título, legenda, chamadas e Primeira página

Métodos Didáticos
- Aulas expositivas

- Aulas no laboratório de informática

- Aulas de campo

- Recursos utilizados: Retroprojetor, Vídeo e TV


Unidades de Ensino
I - O processo de edição em jornalismo impresso

1.1- Produção

1.2 - Redação

1.3 - Edição

II - Técnicas de edição

2.1 - Título

2.2 - Legenda

2.3 - Chamadas

2.4 - Primeira página

III - As funções do editor

IV - O trabalho em equipe: Editor, pauteiro, repórter-fotográfico, diagramador e repórter.

V- Edição

5.1 - House-organs

5.2 - Periódicos especializados impressos

5.3 - Periódicos especializados on-line


Processo de Avaliação

Seminário - 10 pontos

Trabalho - Redação de textos - 30 pontos

Trabalho - Reportagens - 10 pontos

Trabalho - Edição - 10 pontos

Avaliação de desempenho - 10 pontos (Conforme estabelece a Resolução do Colegiado do Curso de Comunicação Social)

Avaliação Global - 30 pontos

Descrição da Bibliografia Básica
ERBOLATO, Mário L. Técnicas de codificação em jornalismo : redação, captação e edição no jornal diário. 5. ed. rev. e aum. São Paulo: Ática, 1991. 256p. ISBN 8508037996

Consta no acervo da PUC Minas
GOMES, Mayra Rodrigues. Ética e jornalismo : uma cartografia dos valores. São Paulo: Escrituras, 2002. 95p. ISBN 8575310364

Consta no acervo da PUC Minas

LOPES, Dirceu Fernandes; COELHO SOBRINHO, José; PROENÇA, José Luiz. Edição em jornalismo impresso. São Paulo: EDICON, 1998. 208p. ISBN 8529000889

Consta no acervo da PUC Minas

MELO, José Marques de. A opinião no jornalismo brasileiro. Petrópolis, RJ: Vozes, c1985. 166p.

Consta no acervo da PUC Minas

NOBLAT, Ricardo. A arte de fazer um jornal diário. 5. ed. São Paulo: Contexto, 2004. 174p. ISBN 8572442111

Consta no acervo da PUC Minas



SODRÉ, Muniz; FERRARI, Maria Helena. Técnica de reportagem : notas sobre a narrativa jornalística. 5. ed. São Paulo: Summus, 1986. 141p ISBN 8532302483

Consta no acervo da PUC Minas
Descrição da Bibliografia Complementar

AMARAL, Luiz. Jornalismo : matéria de primeira página. 5. ed. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1997. 234p.

Consta no acervo da PUC Minas

BAHIA, Juarez. Jornal, historia e tecnica. 3a.ed.rev.ampl. São Paulo: Martins, 1972. 216p.

Consta no acervo da PUC Minas

Folha de S. Paulo (Jornal). Novo manual da redação.. 9. ed. São Paulo: Folha de S. Paulo, 2000. 331p.

Consta no acervo da PUC Minas

HOHLFELDT, Antônio; BARBOSA, Marialva. Jornalismo no século XXI : a cidadania. Porto Alegre: Mercado Aberto, 2002. 317p. ISBN 8528005585

Consta no acervo da PUC Minas

LAGE, Nilson. Estrutura da noticia. 3. ed. São Paulo: Atica, 1993. 64p. ISBN 8508017170 : (broch.)

Consta no acervo da PUC Minas

LOPES, Marilene. Quem tem medo de ser notícia? : da informação à notícia: a mídia formando ou "deformando" uma imagem. São Paulo: Makron Books do Brasil, 2000. 91p. ISBN 8534611904

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