quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Diversidade musical: a união dos ritmos

POR Paula Melo; Marielly Martins & Renata Cristina
8º período - Jornalismo

Já se foi a época em que era possível identificar logo de cara, ao se ouvir uma música, qual o ritmo trazido por ela.
Músicas ‘puras’ se tornaram raridade atualmente, onde influências diversas, recursos de produção e remixagem acabam por construir uma canção.
Da mesma forma que os estilos musicais podem ser sobrepostos, gerando um novo ritmo, é fácil confundir aqueles que são parecidos.
Os leigos terão sérias dificuldades em diferenciar o chorinho do samba de raiz, ou a música sertaneja da música caipira.

Gostos
As misturas democratizaram o gosto por música. Os estilos parecidos aumentaram as opções dos ouvintes.
É comum acontecer de uma pessoa que gosta de determinado ritmo, descobrir semelhanças com outros e por fim tornar-se o que chamam de ‘ecléticos’ – pessoas que não tem preferência por um estilo musical específico.
O estudante Patrick Sousa, de 25 anos, canta em bares e admite transitar por diversos estilos, não só para agradar o público, mas por ter gostos variados. “Toco desde os clássicos da Bossa Nova, até o Rock’n Roll internacional”. Ele afirma que os ouvintes de sua música também apreciam diversos estilos, o que facilita para que o cantor agrade à platéia: “Não há quem não goste de músicas consagradas, conhecidas... Basta apostar nelas, que o sucesso é garantido”.
Tomaz Pontara é guitarrista da banda piumhiense Chickabee. Ele diz que a música produzida por ele e seus companheiros reúne diversas influências. “Reunimos estilos como punk, new metal, hardcore, etc. Temos influência de Mudvayne, Raul Seixas, System of a Down, dentre várias outras bandas”.
Vários cantores optam por diversificarem os estilos musicais em seus shows. Em um show de axé, por exemplo, é comum ouvir rock, músicas internacionais. Isso acontece por causa do público que não tem um estilo único e gosta de vários ritmos. O cantor Tomate é um dos adeptos à diversidade. Além de cantar suas músicas baianas, o artista busca chamar a atenção de todas as “tribos”, cantando músicas de outros estilos e adaptando algumas ao ritmo do axé.
A diversidade cultural não é um obstáculo para a aproximação das pessoas. Hoje em dia, essas diferenças de costumes são muito mais usadas para unir do que para excluir. Cada pessoa traz sua experiência e seu gosto para a turma, que se torna mais eclética.

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