quarta-feira, 9 de setembro de 2009

(Opinião) A DIFERENÇA QUE SOMA (Opinião)



Cheyane Costa

8º período de Jornalismo


Centro-Oeste de Minas Gerais. Arcos, Lagoa da Prata, Formiga, Piumhi, Doresópolis, Iguatama, Pains. É desses lugares que vem diversas idéias, sotaques, estilos, gostos e muito mais. Todos tão diferentes, tão únicos e com uma coisa em comum. A luta diária para conseguir chegar até onde chegaram e concluir mais esta etapa.

Era 08 de fevereiro de 2006. Ali nasceu o primeiro período de comunicação social. Todos foram chegando, ocupando seus lugares, conversando com quem estava próximo. Aula de Sociologia com o professor Catatau, um dos homens com mais personalidade que já passou pela faculdade. Veio de família pobre, sofreu, lutou e venceu. É doutor, é cultura, é inteligência, transparência e honestidade. Aquele foi o pontapé inicial, para os quatro anos que seguiriam. Hoje não se fala mais dele, mas fica na memória a lembrança daquela primeira aula.

Aos poucos os alunos foram se conhecendo, se enturmando, se desentendendo, fazendo as famosas "panelinhas". Tão diferentes e por causa dessas diferenças nasceram tantas afinidades. Afinal, os opostos também se atraem. Quem gosta de ir pro barzinho fica amigo, quem gosta de escrever, ler e debater fica amigo também, quem gosta de filmar e fotografar também fica amigo e quem gosta de festa fica mais amigo ainda. Mais dia, menos dia.

Tanta coisa aconteceu e tanta coisa também deixou de acontecer. As vezes eles se reuniram pouco, se abraçaram pouco, falaram poucas vezes o quanto cada um era importante pro outro. As vezes a falta de afinidade impediu que se iniciassem grandes amizades. Mas ainda dá tempo, quem sabe na reta final alguns não podem se desarmar e viver essa fase tão inesquecível, que é a faculdade. Ainda dá tempo, tem que dar!

As diferenças muitas vezes falaram mais alto, brigas aconteceram e ainda acontecem. "Por serem tão diferentes, são tão parecidos" analisa Paula Melo, uma das vozes mais altas da sala. Mas há quem fale baixo também, quem fale manso, devagar, com sotaque de interior ou de capital, quem grita e quem até berra quando é preciso. O que não acontece quase nunca é silêncio. E quando acontece, ele não dura muito tempo.

Tem quem não gosta de falar, tem quem começa a falar e não pára mais. Quem gosta de comer no Roque, outro prefere o Cabral e quem odeie a cantina. Tem o pessoal de Publicidade e o de Jornalismo. Tem quem fala na cara e quem não tem coragem de falar. Quem fala sem pensar e quem revida sem pensar menos ainda. Tem japonesa, loiro, moreno e já teve até baiano. Tem de tudo, um pouco.

Os quatro anos estão terminando e vai deixar saudade pra muita gente. Quando acabar cada um vai pensar no que podia ter sido melhor e se arrepender de algumas coisas. Não precisa se arrepender, era pra ser assim mesmo.
São todos comunicadores em excesso. E diferentes em excesso. E iguais em excesso. Passam dos limites as vezes. Ainda bem que para toda regra existe uma exceção e nesse caso o excesso não faz mal. Ele dá a liberdade para ser o que é, para ser diferente, para ser o que você quiser, na hora que quiser. A diversidade nem sempre é ruim, muitas vezes ela só acrescenta. E nesse caso, ela só adicionou.

3 comentários:

  1. Eu tenho certeza absoluta que a Cheyane tinha bebido catuaba na véspera de escrever esse texto. Certeza. rs.

    ResponderExcluir
  2. Seria para dar uma turbinada nos neurônios??? Rss

    ResponderExcluir
  3. ÓIAAAAAAAAAAA!

    vcs não podem me difamar assim...
    e eu nem tinha bebido catuaba viu Dona Renata Ingrata?
    até estava com um pouquinho de ressaca, mas nada que atrapalhasse meu desempenho! rs

    ResponderExcluir