domingo, 30 de agosto de 2009

OPINIÃOPINIÃOPINIÃOPINIÃOPINIÃOPINIÃOPINIÃOPINIÃOPINIÃOPINIÃOPINIÃOPINIÃOPINIÃOPINIÃOPINIÃO

História e estórias

POR Ana Maria e Renata Kascher

Vivemos em uma época que caminha para o futuro esquecendo-se de que estes degraus na história da humanidade somente são possíveis porque temos a experiência real do passado. O presente é muito rápido e, o momento em que estamos, instantaneamente, já se torna motivo de lembrança.

A evolução da vida humana, previsões, expectativas, fatos marcantes, revolucionários fazem parte da História e são lembrados para a construção do ensinamento e da educação das novas gerações. Muitos já deixaram sua marca e outros ainda o farão, mas, não temos condições, ainda, de estar em todos os lugares ao mesmo tempo, de saber e conhecer tudo, sem falar das constantes mudanças na tecnologia, na questão tempo-espaço e outras mais.

Por isso existem pessoas que são apaixonadas por estórias e que guardam e repassam a História para aqueles que desejem saber mais ou mesmo para quem não viveu determinada parte desta História. Os livros nos transcendem no tempo, nos revelam fatos e nomes que nunca nem sonhamos. Os museus também fazem parte deste universo viajante. Com objetos, figuras e dados que são passados de geração em geração, o passado pode ficar mais próximo.

O mini-museu do Sr. Enéas Antônio da Cunha, é um destes locais, e conta com um acervo que resgata a história da cidade de Arcos. A paixão de um colecionador acabou se transformando em um ponto de encontro da História arcoense e de estórias que cercam cada objeto. Cada objeto exposto tem uma curiosidade que o cerca e nos faz lembrar, ou mesmo imaginar, uma época longínqua onde os recursos eram poucos. A ideia era apenas contar a evolução do rádio, mas, com uma doação aqui, outra ali, um objeto recuperado, mais uma estória, o museu com as mais variadas peças, foi sendo construído.

O local é particular e não recebe apoio e incentivo dos órgãos públicos para manutenção. O museu poderia ser reconhecido como patrimônio público, assim, além de atrair turistas curiosos em conhecer um pouco da história da cidade, despertaria também maior interesse dos próprios moradores. Uma ‘cara nova’, um ambiente tematizado para cada objeto ou época enriqueceria a cultura da região e o acervo do museu.

O lar do Sr. Enéas, uma casa de dois andares, onde ele dedica parte de seu espaço para que as novas gerações possam conhecer como eram as condições de vida de seus antepassados e como o homem evolui em suas criações, sempre aprimorando e pensando em maneiras de facilitar a nossa vida. O hoje chamado de mini-museu, é um grande espaço para a História e estórias de Arcos e seus cidadãos.

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Museu mantido por arcoense remonta a história da ‘Princesa do Calcário’

Aposentado arcoense Enéias da Cunha fez da própria casa um "museu" com relíquias da cidade de Arcos

POR FLÁVIA RAMOS


Nas primeiras sociedades, descritas por Pierre Lévy (1993) como “sociedades orais primárias”, não existia a escrita. Tampouco os eficientes canais de comunicação de massa que temos atualmente, responsáveis por transmitir os acontecimentos para a população. Nas sociedades orais primárias, os mais velhos eram os responsáveis por transmitir o conhecimento aos mais novos. Sendo assim, todo o edifício cultural era organizado por essas pessoas. Hoje vivemos cercados de aparatos tecnológicos e não dependemos da memória dos mais experientes para termos conhecimento.

No entanto, não é de se estranhar encontrarmos em meio a tantas tecnologias pessoas com a mesma habilidade, destreza e vontade de transmitir conhecimento, como ocorria nas “sociedade oral primária”. O aposentado arcoense Enéias Antônio da Cunha é uma delas. Ele mantém na casa dele um acervo de materiais que remontam a história da cidade de Arcos e a própria história dele.

São materiais diversos, entre discos de vinil, recortes de revistas e de jornais, propagandas e uma das maiores paixões do técnico de telecomunicações aposentado: o rádio. Ele possui uma infinidade de modelos e engana-se quem acha que servem somente de adorno. Enéias da Cunha orgulha-se ao mostrar para os visitantes o bom funcionamento dos equipamentos, muita das vezes, restaurados por ele.

Apesar de não ter nenhum apoio da Prefeitura, Enéias da Cunha mantém o “museu” em funcionamento e se orgulha de mostrar todo o material histórico. Os visitantes têm a rara oportunidade de conhecer a história do município de Arcos por meio dos objetos garimpados por Enéias. Ele também possui um vídeo institucional de 1980 – encontrado no lixo – intitulado “Pelas trilhas de Arcos” que mostra o início do desenvolvimento da cidade. A película, ainda em formato original, é mostrada em um projetor antigo, também encontrado no lixo. A paixão pela história do município é o que alimenta a coleção e a vontade de mostrar a quem interessar um pouco da história da “Princesa do Calcário”.

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Memória que não podemos esquecer

Museu doméstico conta um pouco da história de Arcos

POR Lígia Vilela

O engenheiro operacional e técnico em eletrônica aposentado, Enéas Antônio da Cunha, mantém em sua residência, em Arcos, um acervo que é uma aula de história. “Comecei esse trabalho de juntar peças antigas com meu pai, há oito anos, e a idéia era montar um museu de rádio. Mas foram surgindo outros materiais e a gente começou a juntar coisas que contam a história da cidade”, explica Enéas.

Quem chega ao salão construído no segundo piso da casa do colecionador, encontra acordeons, vitrolas, rádios, toca fitas das mais variadas épocas, marcas e versões, além de muitos discos de vinil. Telefones, relógios de parede, máquinas de costura, roda de fiar, descaroçadeira de algodão fazem parte da coleção. Podem ser encontradas também máquinas fotográficas, medidor de consumo energia elétrica, utensílios domésticos, revistas, jornais, fotografias e outras coisas que a imaginação do visitante muitas vezes não é capaz de prever. “Vi muitas coisas bacanas na coleção do Enéas, como o gramofone e as vitrolas, mas o que mais me surpreendeu foi o álbum de guerra, que fica logo na entrada da sala. São fotografias muito preciosas e que poucos dão valor”, observa Erlon Diego Zimermmane dos Santos, estudante de Publicidade.

Além das fotografias citadas pelo estudante, armas, balas e instrumentos de munição e proteção confirmam a participação de um arcoense num campo de batalha, fato que a maioria dos conterrâneos não sabe que aconteceu. “Esse álbum de fotografias e esses outros instrumentos iriam ser jogados no lixo e eu trouxe pra cá. Não podia deixar um fato desse se perder na história”, ressalta o colecionador.

A luta de Enéas para fazer da história uma parte do dia-a-dia do arcoense não é solitária. Boa parte do acervo é doação de objetos pessoais e de heranças de família, como uma chaleira de cobre e uma taça de prata, do ano de 1850. E enquanto o poder público não incentiva a preservação do patrimônio cultural na cidade, inclusive através do apoio a uma iniciativa privada, o minimuseu do Enéas continua guardando a história e se valendo da esperança e da boa vontade de sonhadores que, um dia, ali colocaram o primeiro aparelho de rádio.

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RESGATANDO A CULTURA


por Fúlvio Stéfany

O aposentado Sr. Enéas Antônio da Cunha, destaca-se no cenário cultural da cidade de Arcos, mantendo em sua casa um acervo cultural que possui desde vídeos antigos da cidade à objetos pessoais de famílias tradicionais da cidade, doados por moradores para a exposição.
O acervo conta com a exposição de radiolas antigas, fotos de moradores que fizeram a história de Arcos, objetos de prata, jornais, retroprojetores, instrumentos de trabalho, discos de vinil, filmadoras, máquinas fotográficas, entre outros objetos utilizados há mais de 150 anos atrás que encantam jovens, crianças e adultos que visitam o acervo.
O aposentado conta que falta apoio e incentivo para dar continuidade ao centro cultural e que até achou objetos que fazem parte do seu acervo no lixo "Infelizmente existem pessoas que não valorizam a história de sua cidade, jogando fora a cultura de uma população" ressalta Enéas.
A maioria dos objetos do acervo foram doados por moradores da cidade e muitos deles precisaram ser restaurados, dentre eles destaca-se um vídeo institucional de 1980 da Prefeitura Municipal de Arcos, onde mostra os avanços da cidade e a importância do calcário na economia da cidade.
Com a iniciativa do Sr. Enéias, a história de Arcos passou a ter um espaço cultural rico em detalhes, onde se pode conhecer um pouco da história e cultura de um povo e de uma cidade.

PODERIA SER A HISTÓRIA DE ARCOS...

POR RENATA CRISTINA

Poderia ser a história de Arcos, poderia ser a história do rádio, poderia ser a história dos meios de comunicação.
Tudo se encontra em um espaço, na casa de Enéas Cunha, no Centro de Arcos.
O aposentado reúne no segundo andar de sua casa um acervo de diversas peças antigas, de rádios a armas de fogo.
O mini-museu tornou-se ponto de visitação de pessoas que buscam conhecer mais sobre diversos assuntos. A peça mais antiga, uma panela de ferro, data de 1850. Há ainda fotos, recortes de jornais e revistas, dentre outros artigos diversos.
As peças que compõe o espaço são 'recordações de família' de Éneias e algumas são produto de doações.
O colecionador de antiguidades não conta com nenhum tipo de apoio financeiro e mantém o museu por conta própria. Não há cobrança de ingresso para visitação ao local. (SE DE RESSACA ESCREVE ASSIM, IMAGINEM SÓBRIA? OU É MELHOR ASSIM MESMO???)

Nossa primeira visita de campo

A idéia era, mas ainda não chegou a ser, por completo. Sábado ensolarado, uma manhã preguiçosa. A proposta era de levar a turma, 14 alunos, a uma atividade prática. Conhecer o acervo particular de um apaixonado por objetos antigos, que guarda no segundo andar de seu imóvel, uma parte da memória de Arcos. A cidade mineira, que ainda conserva caracterísitca do mineiro da roça, encravada nas minas de calcário do Noroeste do Estado. Uns gatos pingados, mas heróis. Afinal, vamos dar o crédito, não? Sempre atencioso, Enéas recebeu a turma no portão de sua casa e logo convidou a entrar no cenário que desperta uma nostalgia de quem não viveu um período quase apagado do cenário contemporâneo, na Era da Iconofagia, como dita Baitello. Vamos ao texto de Renata Cristina, que narra muito bem sobre o que falaremos adiante.
Plano de Ensino (2º semestre de 2009)
Curso: 130 - Comunicação Social
Disciplina: 26973 - EDIÇÃO JORNALÍSTICA
Período: 8 Créditos: 3 Turno: noite
Carga Horária: TEÓRICA ( 32 horas ) PRÁTICA ( 32 horas )

Ementa
O processo de edição em jornalismo impresso: produção, apuração, redação e edição. Técnicas de edição: título, legenda, copy-desk e chamadas. O papel do editor na empresa jornalística. Relações entre o editor e pauteiro, repórter-fotográfico,diagramador e repórter. Edição de boletins, house-organs, periódicos especializados impressos e on-line.

Objetivos
- Identificar as técnicas de edição jornalística

- Estabelecer relação entre a edição, redação, produção e apuração

- Categorizar as várias formas de edição em jornalismo impresso

- Descrever e discernir as técnicas de edição: título, legenda, chamadas e Primeira página

Métodos Didáticos
- Aulas expositivas

- Aulas no laboratório de informática

- Aulas de campo

- Recursos utilizados: Retroprojetor, Vídeo e TV


Unidades de Ensino
I - O processo de edição em jornalismo impresso

1.1- Produção

1.2 - Redação

1.3 - Edição

II - Técnicas de edição

2.1 - Título

2.2 - Legenda

2.3 - Chamadas

2.4 - Primeira página

III - As funções do editor

IV - O trabalho em equipe: Editor, pauteiro, repórter-fotográfico, diagramador e repórter.

V- Edição

5.1 - House-organs

5.2 - Periódicos especializados impressos

5.3 - Periódicos especializados on-line


Processo de Avaliação

Seminário - 10 pontos

Trabalho - Redação de textos - 30 pontos

Trabalho - Reportagens - 10 pontos

Trabalho - Edição - 10 pontos

Avaliação de desempenho - 10 pontos (Conforme estabelece a Resolução do Colegiado do Curso de Comunicação Social)

Avaliação Global - 30 pontos

Descrição da Bibliografia Básica
ERBOLATO, Mário L. Técnicas de codificação em jornalismo : redação, captação e edição no jornal diário. 5. ed. rev. e aum. São Paulo: Ática, 1991. 256p. ISBN 8508037996

Consta no acervo da PUC Minas
GOMES, Mayra Rodrigues. Ética e jornalismo : uma cartografia dos valores. São Paulo: Escrituras, 2002. 95p. ISBN 8575310364

Consta no acervo da PUC Minas

LOPES, Dirceu Fernandes; COELHO SOBRINHO, José; PROENÇA, José Luiz. Edição em jornalismo impresso. São Paulo: EDICON, 1998. 208p. ISBN 8529000889

Consta no acervo da PUC Minas

MELO, José Marques de. A opinião no jornalismo brasileiro. Petrópolis, RJ: Vozes, c1985. 166p.

Consta no acervo da PUC Minas

NOBLAT, Ricardo. A arte de fazer um jornal diário. 5. ed. São Paulo: Contexto, 2004. 174p. ISBN 8572442111

Consta no acervo da PUC Minas



SODRÉ, Muniz; FERRARI, Maria Helena. Técnica de reportagem : notas sobre a narrativa jornalística. 5. ed. São Paulo: Summus, 1986. 141p ISBN 8532302483

Consta no acervo da PUC Minas
Descrição da Bibliografia Complementar

AMARAL, Luiz. Jornalismo : matéria de primeira página. 5. ed. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1997. 234p.

Consta no acervo da PUC Minas

BAHIA, Juarez. Jornal, historia e tecnica. 3a.ed.rev.ampl. São Paulo: Martins, 1972. 216p.

Consta no acervo da PUC Minas

Folha de S. Paulo (Jornal). Novo manual da redação.. 9. ed. São Paulo: Folha de S. Paulo, 2000. 331p.

Consta no acervo da PUC Minas

HOHLFELDT, Antônio; BARBOSA, Marialva. Jornalismo no século XXI : a cidadania. Porto Alegre: Mercado Aberto, 2002. 317p. ISBN 8528005585

Consta no acervo da PUC Minas

LAGE, Nilson. Estrutura da noticia. 3. ed. São Paulo: Atica, 1993. 64p. ISBN 8508017170 : (broch.)

Consta no acervo da PUC Minas

LOPES, Marilene. Quem tem medo de ser notícia? : da informação à notícia: a mídia formando ou "deformando" uma imagem. São Paulo: Makron Books do Brasil, 2000. 91p. ISBN 8534611904

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